terça-feira, 6 de outubro de 2009



1983
Um incêndio na Vila Socó, em Cubatão, no Estado de São Paulo, deixou 93 mortos. No mesmo ano, um avião russo atacou e derrubou um Jumbo da Korean Air Lines, matando 269 pessoas.

Tragédia em Cubatão: explosão e 70 mortos
Não foi por falta de aviso: "Cubatão está em cima de uma bomba: se houver vazamento de um oleoduto ou deslizamento na serra, teremos uma tragédia", advertiu em agosto o secretário especial do Meio-Ambiente, Paulo Nogueira Neto. A tragédia aconteceu ontem: um dos quatro dutos subterrâneos da Petrobrás que passam sob as casas de madeira da Vila São José (Vila Socó), em Cubatão, começou a vazar sexta-feira - o sexto vazamento desde outubro -, explodiu na madrugada de ontem e matou 70 pessoas, segundo nota oficial da empresa, que assumiu a responsabilidade e vai indenizar as vítimas.
Na nota, distribuída ontem, a Petrobrás - a empresa mais advertida e multada pela Cetesb nos últimos dois anos - ressaltou que a adoção de medidas de segurança na área sempre foi dificultada pelo fato de a região "estar sujeita a diversas jurisdições".
Durante a madrugada, Cubatão viveu momentos dramáticos: o fogo destruiu quase toda a favela - mais de mil barracos - e os bombeiros, desesperados, choravam enquanto retiravam dos escombros os corpos calcinados de mulheres agarradas com seus filhos. Morreram famílias inteiras e os feridos em estado grave - mais de 50 - têm poucas possibilidades de sobreviver. Os mortos podem passar de 100, pois muitos corpos ainda estão desaparecidos.


VÔO 3054 DA TAM, QUE DEIXOU 199 MORTOS EM 17 DE JULHO DE 2007



Acidente em Congonhas com o avião, Airbus A-320, da TAM deixa 186 mortos

Este foi o maior acidente aéreo do história brasileira, 186 pessoas que estavam no avião morreram e outras 4 pessoas, que trabalhavam no depósito da TAM Express, podem ter morrido no momento do choque da aeronave com o prédio.
Entre as vítimas, estava o pernambucano Gilmar Tenório Rocha, de 48 anos, sócio-proprietário da construtora GC Tenório e o auditor fiscal Arthur Queiroz Souto Maior, 27 anos.
Por ter sido um acidente no meio da maior cidade brasileira, pessoas que passavam pelo local no momento do choque, tiraram fotos do acidente com o avião da TAM em Congonhas e até filmaram.




 


INCÊNDIONO EDIFICIO JOELMA NO ESTADO DE SÃO PAULO BRASIL




1974
Um incêndio no Edifício Joelma, em São Paulo, deixou 184 mortos.

O Edifício Joelma, atualmente denominado Edifício Praça da Bandeira, é um edifício da cidade de São Paulo que sofreu um grande incêndio em 1 de fevereiro de 1974, uma sexta-feira.
Foi inaugurado no ano de 1971 e localiza-se no nº 225 da Avenida Nove de Julho com outras duas fachadas para a Praça da Bandeira (lateral) e para a rua Santo Antônio (fundos).
Foi o local de uma grande tragédia. Um curto-circuito em um ar condicionado do 12º andar provocou um incêndio que se espalhou por todo o edifício, vitimando várias pessoas (179 mortos e 300 feridos). Estavam no local cerca de 756 pessoas. Naquela época, a cidade ainda recordava intensamente a tragédia do Andraus.
O incêndio recebeu na época grande cobertura da mídia. Vários helicópteros o circudaram quando do incêndio, sendo que alguns deles conseguiram resgatar algumas pessoas do topo do edifício. Os helicópteros pousavam no viaduto em frente e na Câmara Municipal que se situa nas proximidades.
Quando do incêndio, várias pessoas correram ao topo do edifício a fim de fugir das chamas. Devido a localização no edifício, junto a praça das bandeiras, o incêndio pode ser observado por muitas pessoas.
A ação dos bombeiros foi prejudicada pois eles não tinham equipamentos básicos como máscaras contra gás.
O edifício não provia de escada de incêndio e de heliporto.
Os profissionais que fizeram as instalações elétricas do prédio foram considerados como co-responsáveis pelo incêndio.



1972 - Incêndio
Um incêndio no Edifício Andraus, em São Paulo, deixou 16 mortos.

A possível causa do incêndio em 1972 teria sido uma sobrecarga no sistema elétrico. O fogo iniciou-se no segundo pavimento e consumiu o prédio, que reunia escritórios empresariais, entre eles os das multinacionais Henkel e Siemens. Hoje recuperado, abriga repartições públicas e é ainda conhecido como "Prédio da Pirani", por à época da tragédia abrigar em seus primeiros andares, térreo e subsolos uma popular loja hoje não mais em atividade.
O fato de o edifício ser lembrado pela catástrofe ali ocorrida não diminui a importância arquitetônica dele, que é um dos mais conhecidos arranhacéus de São Paulo, de grande imponência e forma geométrica inconfundível.
Entre as vítimas fatais, dois executivos da Henkel: Paul Jürgen Pondorf, presidente da empresa, e Ottmar Flick. Também foi destruído seu escritório central. A maioria dos sobreviventes da tragédia, impossibilitados de utilizar as escadas de emergência, optaram por subir ao último pavimento do edifício, onde ficaram até que os bombeiros controlassem o fogo. Foram posteriormente resgatados de helicóptero pelo piloto Olendino de Souza.



TITANIC UMA GRANDE TRAGEDIA NO ALTO MAR



1912
O transatlântico inglês Titanic, o maior do mundo, saiu de Southampton no dia 10 de abril de 1912 com destino a Nova York. Havia 2225 pessoas a bordo. As 22 horas e 15 minutos do dia 14, colidiu com um enorme iceberg. Quarenta minutos depois, transmitiu sua última mensagem: “Afundamos”. Apenas 712 se salvaram. Calcula-se que oitocentos dos 1513 passageiros mortos foram devorados por tubarões. 

Titanic 

A história do Titanic e dos dois outros navios gémeos começa num jantar na mansão londrina de James P. Morgan, sócio maioritário dos maiores estaleiros do mundo, Harland & Wolff. 

Nesse jantar do dia 10 de Junho de 1907 com Bruce Ismay, presidente da “White Star Line”, foi decidida a construção dos três maiores navios do mundo: O Olympic, o Titanic e o Jagantic que, após a tragédia com o Titanic, seria rebaptizado de Britanic.
Era objectivo desta companhia concorrer na rota do Atlântico com a Cunard Line, proprietária das embarcações MAURiTANIA e LUSITANIA.
Curiosamente ou talvez não, a casa onde nasceu o Titanic, é hoje a embaixada da Espanha no Reino Unido.
Embora a companhia de navegação “White Star Line” tivesse sido fundada em 1869 na Inglaterra, desde 1902 fazia parte de uma holding norte-americana chamada “International Mercantil Marine”.
O seu presidente era Bruce Ismay, apontado por muitos historiadores como o principal causador da tragédia do Titanic.
Bruce Ismay era passageiro do Titanic na viagem de inauguração e foi ele quem deu ordens ao capitão Smith para viajar à velocidade máxima, mesmo numa zona de icebergs.
Não morreu no acidente porque tomou o lugar de uma senhora num dos botes salva-vidas. Foi posteriormente rejeitado pela sociedade britânica, tendo morrido só na sua mansão nos arredores de Londres.
Um ano e meio depois do jantar na mansão de James Morgan, foi iniciada a construção do Titanic. Era a manhã do dia 31 de Março de 1909.
Embora nos estaleiros “Harland & Wolff” trabalhassem mais de 14 mil operários, apenas 1700 homens trabalharam duramente durante 27 meses para acabar a construção do Titanic.
Para a construção foram necessárias 27 mil toneladas do melhor aço. O casco era composto por chapas de aço de 2,5cm de expessura que se uniam com mais de 3 milhões de rebites. Note-se que nessa altura ainda não tinha sido inventada a soldadura, usando-se rebites para a união das chapas.
A construção do navio custou à White Star Line 10 milhões de dólares de 1912, uma astronómica soma para a época, correspondendo a uns 1000 milhões de Euros.
O dinheiro para financiar esta construção veio dos Estados Unidos, mais concretamente de James Morgan.
Foi lançado à água no dia 31 de Maio de 1911 pelas 12 horas. A este acto tão importante assistiram, para além do presidente da Câmara de Belfast, James Morgan e todos os directores, pessoal da empresa construtora e da companhia de navegação e mais de 100 mil pessoas que se amontoaram pelos arredores dos estaleiros para presenciarem o nascimento do navio dos sonhos.
Foi um acto impressionante, como tudo o que estava relacionado com o Titanic, por exemplo, as suas dimensões: Desde a coberta principal até à quilha tinha 57 metros de altura, desde a proa até à popa 270 metros de comprimento e 30 de largura. Na coberta do Titanic poderiam ter sido construídos 3 campos de futebol. Cada uma das 3 âncoras pesava 15 toneladas. O casco pesava 46 mil toneladas de peso bruto. As duas hélices laterais de 3 pás, mediam 7 metros de diâmetro e pesavam 38 toneladas cada uma. A hélice do meio, de 4 pás, media 5 metros e pesava 22 toneladas.
Era capaz de deslocar 52.250 toneladas. A propulsão era assegurada por 29 caldeiras com 159 fornalhas, proporcionando uma potência total de 46.000 hp e 3 hélices permitiam uma velocidade de até 24 nós. Tinha capacidade para 3547 pessoas (passageiros e tripulação).
O Titanic teve a sua construção (sob número de quilha 401 da Harland & Wolff) iniciada a 31 de Março de 1909 tornando-se o maior objeto móvel construído pelo homem.
Em Julho de 1911 é marcada a data da viagem inaugural do Titanic : 20 de Março de 1912 .
Devido ao embate do Olympic com o cruzador da marinha britânica Hawke, ficando com importantes avarias que obrigaram o estaleiro a fornecer homens e materiais para efectuar as reparações do Olympic, a primeira viagem do Titanic foi adiada para o dia 10 de Abril de 1912.
A 3 de Fevereiro de 1912, O Titanic deu entrada na Thompson Graving Dock, concluíram-se os acabamentos e iniciaram-se os testes de mar onde foram realizadas manobras para testes da embarcação e dos seus equipamentos.
No dia 2 de Abril partiu, sob o comando do Capitão Bartlett, para Southampton (a 570 milhas), o porto base para as viagens que começaria a realizar. Onde chegou na madrugada do dia 4 e iniciou o carregamento de carga e suprimentos, além de receber a bordo a maior parte da tripulação.
A embarcação ficou pronta para zarpar na sua viagem inaugural no dia 9 de Abril.
No dia 10 de Abril, às 07:30 tomou o comando o Capitão Edward J. Smith, antigo comandante da Olympic.




Foto do capitão 

Smith   

Este capitão tinha sido escolhido com cuidado. Era o mais experiente da companhia, em 35 anos de trabalho nunca sofrera nenhum acidente de maior. Era chamado o “capitão dos ricos” uma vez que era ele quem comandava os navios de luxo que transportavam milionários e famosos. Depois de 35 anos de trabalho esta seria a sua última viagem esperando--o uma merecida reforma!
Das 09:30 às 11:00 foi realizado o embarque dos passageiros das 2a. e 3a. classes. Os passageiros da 1a. classe embarcaram às 11:30.
Era meio-dia em ponto quando o Titanic soltou as amarras do cais número 44 da White Star Line no porto inglês de Southempton.
2208 pessoas entre passageiros e tripulantes viajaram a bordo do maior navio do mundo que efectuava a sua viagem inaugural. Ironicamente esta seria a sua primeira e última viagem.
O Titanic partiu sendo levado por rebocadores para fora do porto. Um incidente ocorreu quando O Titanic já navegando pelos seus próprios meios passou próximo da embarcação New York. A deslocação da água que o seu movimento provocou fez com que as amarras da outra embarcação se quebrassem e a popa da mesma fosse na sua direcção. Graças a uma rápida intervenção da tripulação da New York a colisão foi evitada por apenas 2 metros.
Depois de saído do porto de Southempton, o Titanic dirigiu-se ao porto francês de Cherbourg ancorando na sua doca já que um navio tão grande não cabia no interior do porto.
Aí, e por meio de botes, subiram passageiros, principalmente de primeira e segunda classe.
No porto irlandês de Queenstown embarca passageiros de terceira classe, mercadoria e correio. Deixou este porto na tarde do dia 11.
Era a última escala antes de chegar a New York.
Willian Murdock teve um papel muito importante na história do Titanic, tanto pelo papel que desempenhava no navio, como pelo seu comportamento pessoal e coragem demonstradas no momento da colisão com o iceberg.
Murdock era o 1º oficial do navio e era ele que se encontrava ao comando quando se deu o choque. Em décimos de segundo teve de decidir o que fazer e a primeira ordem foi fechar de imediato as portas estanques.
O papel deste oficial também foi importante durante a evacuação dos passageiros. Era o responsável pela coberta “A” e, ao contrário do que se passava nas outras cobertas, ordenou que enchessem completamente os botes salva-vidas mesmo que fosse com homens. Graças a esta ordem 80% dos homens que se salvaram a ele devem a vida.
Na coberta “B” não foi permitido o embarque de nenhum homem e estes arrearam só com mulheres e crianças de forma que só levaram metade das pessoas que se poderiam ter salvo. Alguns botes foram lançados ao mar com 14 ou 15 pessoas enquanto que a sua capacidade era para 72.

Imagem de bote 

salva-vidas

Murdock morreu congelado no mar por já não ter forças para entrar para o último dos botes salva-vidas que ele ajudara a lançar à água.
A esplêndida coberta superior era utilizada pelos passageiros de primeira classe para passear, conversar e apanhar sol, podendo usar para tal confortáveis cadeiras reclináveis.
Foi graças a algumas destas cadeiras que, atiradas à água e flutuando no mar gelado, permitiram que alguns passageiros se salvassem.

Imagem da extensa 

escadaria

Um dos símbolos da beleza, do esplendor e do luxo do Titanic era a grande escalinata de proa. Ao entrar, depois de um passeio pela coberta, notava-se como a luz natural penetrava pela cúpula de ferro e vidro reflectindo a sua luz nas pálidas madeiras de carvalho e nas suas douradas balaustradas.
Na parede do patamar superior podia ver-se um painel também de carvalho talhado, com um relógio cercado por duas figuras que simbolizavam a honra e a glória que estavam por cimadeste, demonstrando como a honra e a glória devem estar sempre acima do tempo.
Por esta grande escalinata desciam os passageiros da primeira classe à sala de jantar.

Imagem da sala de fumo da 

primeira classe

Muito perto da sala de fumo da primeira classe existia o luxuosíssimo restaurante francês “A la Carte”. Este restaurante, administrado por uma empresa hoteleira francesa, era muito selecto mesmo para os passageiros de primeira classe que tinham de pagar um suplemento para comer na sua luxuosa sala.
A fim de satisfazer os gostos dos passageiros de primeira classe, existiam oito estilos diferentes de decoração das cabines. Em qualquer deles ressaltava o luxo e o conforto que tinham aqueles quartos, móveis de carvalho, painéis esculpidos à mão, uma sala de jantar e casa de banho completa com água quente e fria.
Mesmo os quartos reservados à terceira classe eram muito bons para a época e podem ser ainda hoje comparados aos de segunda dos navios actuais.
Era, sem dúvida, o hotel mais luxuoso do mundo e cada passageiro da primeira classe pagou o equivalente a 80 mil euros para embarcar no navio.
No entanto teve vida curta, apenas quatro dias: de quinta, dia 11, a domingo, dia 14.